Programação para Crianças

A programação para crianças e as habilidades computacionais são necessárias para toda a sociedade e não somente para os cientistas, como se pensava antigamente, e são extremamente essenciais para os profissionais do século XXI. Essas habilidades tornam possível o aprendizado de raciocínio lógico e formal. Fornecendo uma base fundamental para as crianças do novo mundo, como: a aprendizagem da resolução de problemas e fazendo com que compreendam e projetem sistemas a partir da linguagem computacional (Gomes et al, 2016). 

O Barco Voador trás para a escola essa possibilidade de ensino de programação para crianças, por meio de programação de jogos, robótica e programação de aplicativos. Essas programações envolvem o sequenciamento de instruções, variáveis, repetição, funções, condicionais e parâmetros, para a aprendizagem dos alunos (Gomes et al, 2016).

Programação para Crianças: STEAM, O que é?

O Barco Voador utiliza a metodologia STEAM em seu trabalho, STEAM significa: Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, na sigla em inglês. É um modelo de ensino que surge como uma inovação, buscando modificar a educação tradicional, dando ao aluno autonomia e criatividade para explorar suas habilidades e desenvolver sua aprendizagem. A educação STEAM trabalha com a interdisciplinaridade, suas disciplinas são estudadas de maneira simultânea, permitindo uma forma integrada de se aprender novas habilidades e saberes (Silva et al, 2017).

Nessa perspectiva, os alunos aprendem programação para crianças se envolvendo em situações que busquem soluções de problemas que estão presentes em sua realidade, por meio de atividades ligadas com a tecnologia, matemática, artes, ciências e engenharia. Essa forma de aprendizagem independe da carreira que os estudantes pretendem seguir no futuro, pois ela ensina a colaborar, planejar, observar, questionar, refletir, investigar, perseverar e também a tentativa e erro, habilidades que os alunos irão levar para várias situações da vida (Cordova & Vargas, 2016).

No STEAM os cinco domínios abarcam recursos criativos, utilizando mais de um método para investigação e questionamento, com isso, o conhecimento adquirido é compartilhado e estudado em novas formas de perceber e pensar a criatividade (Lorenzin et al, 2017). Desta forma, o protagonismo do aluno em sala de aula aumenta, ele tem a possibilidade de pesquisar em uma gama de fontes e pôr em prática o que aprendeu. 

Programação de Games e Robótica Maker

A forma de programação para crianças por meio da robótica maker, permite a criança dar comandos ao computador, visando observar a materialização desses comandos em objetos concretos. Essa aprendizagem cria competências, como: saber trabalhar em grupo, matemática, mecânica, eletrônica, programação, artes e criação de estratégias para resolução de problemas (Queiroz e Sampaio, 2016). O Barco Voador ensina esse tipo de programação pela ferramenta Microbit.

A programação para crianças por meio de jogos é ensinada por ferramentas como Scratch e Code.org. São programações feitas com blocos de encaixar, em que as combinações desses blocos são muito intuitivas para as crianças que estão começando a programar (Queiroz e Sampaio, 2016). Assim como na robótica, a criação desses jogos ensina diversas habilidades para os alunos, como: pensamento computacional, raciocínio lógico, matemática, tentativa e erro e resolução de problemas. O mesmo conhecimento se adquire com a programação de aplicativos, o Barco Voador utiliza as ferramentas App Lab e App Inventor para esta programação.

É importante que a programação seja ensinada desde muito cedo para as crianças, pois elas já nascem em um mundo tecnológico mas não conhecem o funcionamento desse mundo, somente usufruem de suas ferramentas. Com o conhecimento de programação, os alunos podem produzir ao invés de só consumir produtos digitais (Geraldes, 2014). Além disso, esse ensino cria competências futuras que irão perdurar até a vida profissional do indivíduo. São todas essas aprendizagens e habilidades que o Barco Voador visa implantar e perdurar na escola.

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Referências:

Gomes, T. C. S., Melo, J. C. B., & Tedesco, P. C. A. R. (2016). Jogos Digitais no Ensino de Conceitos de Programação para Crianças. V Congresso Brasileiro de Informática na Educação, 470-479.

Queiroz, R. L., & Sampaio, F. F. (2016). DuinoBlocks for Kids: um ambiente de programação em blocos para o ensino de conceitos básicos de programação a crianças do Ensino Fundamental I por meio da Robótica Educacional. XXXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, 2086-2095.

Geraldes, W. B. (2014). Programar é bom para as crianças? Uma visão crítica sobre o ensino de programação nas escolas. Portal de Periódicos da Faculdade de Letras – UFMG, 7(2), 105-117.